Aquela velha parábola do tipo que aguarda que o avião que se despenha chegue perto do chão para saltar, embora com as devidas distâncias, é real na cabeça de alguns jornalistas. Foi ouvir um deles perguntar se sempre se confirmava que uma pessoa tinha saltado antes do embate do avião que se despenhou em Évora. Foi ouvir outro mencionar essa hipótese. por MCV às 00:15 de 15 agosto 2009
624 anos
Porque ainda há quem não queira ser espanhol. por MCV às 21:03 de 14 agosto 2009
Epidemia
Ouvir pessoas sem um mínimo dos mínimos de preparação matemática a discorrer sobre a curva de propagação de uma epidemia é absolutamente cansativo. por MCV às 20:24
Objectos de estimação
Este é-o. Conheci-o há horas, oferecido por velhos amigos. Entrou directamente para a galeria dos estimáveis. por MCV às 04:24
Portugueses de 2ª ou talvez não
Ouvi com atenção o Sr. Secretário de Estado do Desporto, quando inquirido sobre a questão de Liedson jogar ou não na Selecção Nacional de Futebol. Disse, em forma de pergunta, em resposta à jornalista que (cito assim mais ou menos e alterando as palavras – poderão ver ou ouvir tudo aqui) qualquer cidadão, como eu (ele) ou a senhora (jornalista) podendo votar para escolher o Governo e o Presidente da República, não poderá também integrar qualquer selecção nacional, se para isso tiver o necessário mérito? Acrescentou, porém, logo a seguir que compete às diferentes federações desportivas assegurar que as selecções nacionais não são constituídas maioritariamente por cidadãos não nascidos em Portugal ou não residentes no país. Quererá o Sr. Secretário de Estado do Desporto esclarecer se há ou não portugueses de 2ª? E, havendo, quando e como é que diferem dos de 1ª? Isto é mais ou menos o mesmo que dizer que a=b Λ a≠b. É o habitual, afinal. por MCV às 20:24 de 13 agosto 2009
Overbooking
É a sensação que tenho quando deixo de ter sinal de rede no MODEM e passo a obtê-lo assim que ligo, do número de telefone registado na base de dados da ZON, para a assistência. Basta que passem poucos segundos do momento em que se completa a ligação. Não espero sequer pelo atendimento. É demasiado frequente nas situações em que me vejo obrigado a para lá ligar. A verdade é que me poupa ao diálogo com aquela gente. por MCV às 15:53 de 12 agosto 2009
Disse a senhora Ministra da Saúde que havia gente decidida a contaminar outras pessoas em retaliação pela contaminação dos seus próprios filhos. Disse ainda que havia gente que se recusava a colocar máscaras, suponho que em zonas públicas de estabelecimentos de saúde, enquanto se não apurava de que maleita padecia. Não tenho razão alguma para duvidar do que disse a Ministra. Isto lembra-me é aqueles que acham que o povo se transfigura ao volante. Ao volante faz exactamente o mesmo que a pé, de barco, de comboio ou de bicicleta. Torna-se é mais perigoso. Fosse esta gripe mais malina... coisa de que ainda não nos livrámos. por MCV às 04:36 de 11 agosto 2009
Bandeira
Segundo uma jornalista da SIC a “bandeira verde e vermelha da Restauração” hasteada no varandim da Câmara de Lisboa foi substituída pela da monarquia constitucional. Mais tarde foi “destrocada a substituição indevida”. Não há palavras. Para quem não viu, a bandeira hasteada antes de mais era a da Cidade de Lisboa e não a Nacional. Isto hoje é o corriqueiro no jormalismo. A excepção é a notícia sem asneira grossa ou completa cegueira. averbamento às 15:00 - a SIC já retirou da reportagem a expressão “bandeira verde e vermelha da Restauração”. Mantém-se o resto e a confirmação mesmo no fim de que a jornalista viu lá a Bandeira Nacional. por MCV às 02:26
Por um desmentido
Tenho a pior das opiniões daquilo a que ainda se teima em chamar justiça por cá. A amostra que tenho dos intervenientes, da legislação à sentença, é confrangedora do ponto de vista intelectual. Hoje, tem sido propalada a história do ourives de Viana do Castelo e seu filme publicitário. Não conheço o indivíduo. Por isso quando anseio por um desmentido sobre o que ele diz que se passa no processo do assalto à loja de que é proprietário, não é para pôr em causa a palavra do homem, é antes porque, estúpido, ainda espero qualquer coisa mais digna, mais capaz, daquilo a que teimam em chamar justiça. Temo que ele esteja a dizer a verdade. por MCV às 21:22 de 10 agosto 2009